Esporte e Tecnologia juntos!
Durante 9 meses intensos, participei de um projeto que foi, sem dúvida, o mais desafiador e inspirador da minha carreira. Como desenvolvedora na Globo, fui responsável por ajudar a criar um sistema capaz de lidar com dados olímpicos, desde medalhas e atletas até canais de transmissão e a programação dos eventos. Desde o começo, sabíamos que o projeto seria grande e complicado, especialmente porque estávamos recebendo diariamente milhares de arquivos XML compactados. A missão era transformar esse volume enorme de dados em informações claras e acessíveis para os usuários.
No entanto, o verdadeiro desafio não foi apenas a parte técnica, mas sim organizar todo esse caos de dados e encontrar uma forma de processá-los de maneira eficiente. Precisávamos decidir sobre a melhor arquitetura, se usaríamos processamento assíncrono, FIFO, qual linguagem de backend, e até mesmo se optaríamos por um banco de dados relacional ou não relacional.
Escolhemos inicialmente um banco de dados relacional, junto com padrões como CQRS e DDD, e começamos a implementar o projeto. Mas, com o tempo, ficou claro que o banco relacional estava chegando ao seu limite, especialmente com a carga massiva de dados em XML. Foi então que tomamos uma decisão crítica: mudar para um banco de dados não relacional, o MongoDB. Essa mudança nos permitiu converter os XMLs em documentos JSON, armazenando e processando os dados de maneira muito mais eficiente.
No final, o que fez tudo dar certo foi nossa capacidade de antecipar problemas e adaptar a solução conforme necessário. Aprendi que, em projetos tão desafiadores, não basta dominar a tecnologia; é essencial ser flexível e estar preparado para ajustar a rota sempre que necessário. Essa experiência foi uma verdadeira prova de fogo, mas que me trouxe um enorme crescimento profissional e pessoal.